segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

ESTE CARA SOU EU! SÓ QUE AMANHÃ!

COMO ADMIRO O Sr. NILTON!

Do R7, com Domingo Espetacular
Há 18 anos, o aposentado Nilton Cardoso, de 84 anos, deixou a família e passou a viver sozinho na ilha do Campeche, que pertence a Florianópolis, em Santa Catarina. Apenas 800 turistas são autorizados a entrar por dia no local, que é tombado pelo patrimônio histórico e tem uma paisagem paradisíaca.
Só os integrantes de uma associação, criada nos anos 40, são autorizados a pernoitar na ilha. Dificilmente, alguém fica lá mais de uma semana. Só mesmo o seu Cardoso, o único morador fixo do local.
O aposentado já recebeu o apelido de “Robinson Crusoé brasileiro”, o personagem de um romance escrito em 1719 que é resgatado depois de 25 anos morando em uma ilha deserta.
Cardoso trabalhou por muitos anos como eletricista nas Centrais Elétricas de Santa Catarina, a empresa de energia do Estado. Depois de aposentado, viveu um tempo na cidade, mas a vontade de ficar isolado falou mais alto. Hoje, ele afirma que não sente falta da vida urbana.
— Eu vim pra cá, aí veio aquela coisa, ia pra cidade e me sentia ruim, mal. Vinha para ilha, esse descanso, maravilha que é, fiquei aqui [...] Não sinto saudade de nada.
Para chegar até a ilha do Campeche, é preciso viajar cerca de uma hora de barco. A saída é da Praia de Armação, do Pântano do Sul, um bairro tranquilo na região sul de Florianópolis.
A mulher e os filhos do aposentado vivem em Florianópolis e o único contato cotidiano que ele tem com a família é pelo celular. Apesar disso, Cardoso afirma que não se sente solitário.
— Estando aqui eu estou seguro. Quase não enxergo. Lá, não vou parar em casa. Vou andar pelo meio da rua, o carro vai me pegar, alguém vai me assaltar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário